Mirando “desenhos verbais” do poeta, entre as lições adivinhadas na poesia, Manoel me ensinou coisas tão desimportantes quanto imprescindíveis.
Com as habilidades do "ver de ouvir’’ e as ‘‘virtudes do inútil’’, nas ‘‘grandezas do ínfimo’’ desaprendi os princípios necessários para ‘‘desformar’’ as coisas e inventar encantamentos.
Tais dessaberes aumentaram meu mundo. Fui transmutado por isso e arvorei-me sendo outro.
Em meu novo árvore-ser, peguei um “olhar de pássaro”, contraí a “visão fontana” e em fim, pude “apalpar as intimidades do Mundo”.
Agora, repleto de minha própria incompletude, sabendo profundidades sobre o nada, encontro os lugares onde posso fotografar as existências, e com elas, criar meus desenhos na luz.