Aprendi a transver o mundo, sendo um aprendiz de Barros.
Mirando “desenhos verbais” do poeta, entre as lições adivinhadas na poesia, Manoel me ensinou coisas tão desimportantes quanto imprescindíveis.
Com as habilidades do "ver de ouvir’’ e as ‘‘virtudes do inútil’’, nas ‘‘grandezas do ínfimo’’ desaprendi os princípios necessários para ‘‘desformar’’ as coisas e inventar encantamentos.
Tais dessaberes aumentaram meu mundo. Fui transmutado por isso e arvorei-me sendo outro.
Em meu novo árvore-ser, peguei um “olhar de pássaro”, contraí a “visão fontana” e em fim, pude “apalpar as intimidades do Mundo”.
Agora, repleto de minha própria incompletude, sabendo profundidades sobre o nada, encontro os lugares onde posso fotografar as existências, e com elas, criar meus desenhos na luz.
Transduções do Idioleto Manoelês |
por Mauricio Brasilli
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