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O simbolismo do Tarô - Arcanos Maiores - P. D. Ouspensky

Este texto consiste na transcrição do Cap. V - O Simbolismo do Tarô, do livro de P. D. Ouspensky Um Novo Modelo do Universo - Ed. Pensamento


 Na literatura ocultista ou simbólica, isto é, na literatura baseada no reconhecimento da existência do conhecimento oculto, há um fenômeno de grande interesse. É o Tarô.     O Tarô é um baralho que ainda é usado no sul da Europa para jogar e ler a sorte. Difere muito pouco dos baralhos comuns, que são baralhos de Tarô reduzidos. Têm os mesmos reis, rainhas, ases, dez, etc.     As cartas do Tarô foram conhecidas desde o fim do século XIV, quando já existiam entre os ciganos espanhóis. Foram as primeiras cartas que apareceram na Europa. Há diversas variações do Tarô, com diferentes números de cartas. Considera-se que a reprodução mais exata do Tarô é o chamado "Tarô de Marselha". Esse baralho consiste de 78 cartas. Destas, 52 são cartas comuns com o acréscimo de uma carta "ilustrada" em cada naipe, a saber, o "Cavaleiro", colocada entre a Rainha e o Valete. Isso perfaz 56 cartas divididas em quatro naipes, dois pretos e dois vermelhos, ou seja: Paus, Copas (corações), Espadas e Ouros (pentagramas ou discos).

Há, além disso, 22 cartas numeradas com nomes especiais que estão fora dos quatro naipes.


1. O Prestidigitador (ou O Mago) 2. A Grande Sacerdotisa 3. A Imperatriz 4. O Imperador 5. O Hierofante (ou O Papa) 6. Tentação (ou O Enamorado) 7. O Carro 8. Justiça 9. O Eremita 10. A Roda da Fortuna 11. A Força 12. O Enforcado 13. A Morte 14. Tempo (ou A Temperança) 15. O Diabo 16. A Torre 17. A Estrela 18. A Lua 19. O Sol 20. O Julgamento 21. O Mundo 0. O Louco


 O baralho de cartas do Tarô, de acordo com a lenda, representa um livro hieroglífico egípcio, com 78 lâminas, que chegaram até nós de um modo miraculoso.     Sabe-se que, na Biblioteca de Alexandria, além de papiros e pergaminhos, havia muitos desses livros, que consistiam muitas vezes de um grande número de tabuinhas de argila ou de madeira.     Em relação à história posterior das cartas do Tarô, dizem que, no início, elas eram medalhões impressos com desenhos e números, depois lâminas metálicas, cartas de couro e, finalmente, cartas de papel.     Exteriormente, o Tarô é um maço de cartas, mas, no seu significado interno, é algo completamente diferente. É um "livro" de teor filosófico e psicológico, que pode ser lido de muitas maneiras diferentes. Darei um exemplo de uma interpretação filosófica da idéia total ou do conteúdo geral do Livro do Tarô, seu título metafísico, por assim dizer, que mostrará ao leitor de modo claro que esse "livro" não poderia ter sido arquitetado pelos ciganos incultos do século XIV.     O Tarô divide-se em três partes.     1ª parte — 21 cartas numeradas de 1 a 21.     2ª parte — uma carta numerada 0.     3ª parte — 56 cartas, isto é, quatro naipes de 14 cartas cada um.     A segunda parte é um elo entre a primeira e a terceira, porque todas as 56 cartas da terceira parte juntas são consideradas iguais à carta numerada zero.    Saint Martin (O Filósofo Desconhecido), filósofo e místico francês do século XVIII, chamou o seu principal livro de Tableau Naturel des Rapports qui existent entre Dieu, l'Homme et l'Univers (O quadro natural das relações entre Deus, o Homem e o Universo). A obra compreende 22 capítulos que representam comentários sobre as 22 principais cartas do Tarô]


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