Nota sobre o nome ÆTHYRLIL e a Geometria Sagrada
- Mauricio Brasilli

- 27 de set.
- 4 min de leitura
Atualizado: 30 de set.

Aethyrlil e o despertar da Geometria Sagrada
Este é o eco de um instante, o sussurro de uma revelação que descerrou os véus da percepção e infundiu a Geometria Sagrada na tessitura da minha existência. Uma metamorfose que redefiniu o pessoal, o profissional e a própria ressonância com o cosmos.
Naquele limiar, uma dissonância pulsava na alma, clamando por uma transmutação essencial. Embora a forma ainda fosse indistinta, a certeza de sua necessidade era um farol, prometendo o retorno à plenitude, à abundância que emana da gratidão.
A palavra "Aethyrlil" brotou em mim, não como invenção, mas como uma dádiva sonora, um mantra sussurrado na tapeçaria da mente durante uma experiência holística, gravado nas profundezas da memória. Ao tentar vertê-la para o papel, uma hesitação sutil.
O "ÆTHYRLIL", com seu "Æ" insólito, talvez um capricho estético, mas uma pronúncia que desafiava a língua. Contudo, era a melodia que ressoava, inabalável.
Em busca de um eco para essa palavra enigmática, o oráculo digital revelou fragmentos. Embora a exatidão se esquivasse, as correspondências com termos afins desvelaram um universo de misticismo, tecendo a tapeçaria de "ÆTHYRLIL" e o porquê de sua emergência em minha consciência.
Os vestígios da pesquisa apontavam para o "sistema enochiano", uma prática de magia cerimonial do século XVI, legado de John Dee Ashmolean — um polímata e conselheiro da Rainha Isabel, cuja jornada é um convite à contemplação.
Conectado à figura bíblica de Enoque, este sistema desdobrava-se em um alfabeto de caracteres singulares e tabelas que espelhavam a arquitetura do universo espiritual, revelada por seres angélicos. Nesse arcano, os "Aethyrs" emergiam como trinta esferas de consciência.
Cada Aethyr, um nome, um estágio na ascensão da percepção espiritual. Como as camadas de uma cebola cósmica, do denso e exterior, atado ao terreno, aos planos mais internos e etéreos, culminando no 1º Aethyr, LIL — o cerne primordial da unidade.
Foi então que a intuição se fez clareza: "Aethyrlil" não era apenas uma palavra, mas um título, um portal secreto para o santuário onde a arte e o saber da Geometria Sagrada seriam partilhados. Um convite àqueles que ousassem atravessar o limiar do despertar.
Assim, a chegada a este espaço, a ressonância com seus conteúdos, é uma travessia pelos Aethyrs, uma jornada de ascensão onde a consciência percorre graus de revelação e integração, culminando na visão total do cosmos. "ÆTHYRLIL" é o desdobrar do universo em sua plenitude, a dissolução da fronteira entre o humano e o divino.
"Aethyrlil" evoca um espaço de síntese e travessia, onde arte, ciência, filosofia, geometria e espiritualidade se entrelaçam como os fios de um mesmo caminho, os Aethyrs de uma jornada única. É a metáfora viva da missão deste projeto: oferecer uma via para a expansão da consciência, onde múltiplas tradições e saberes convergem em uma visão integrada e unificadora.
Sinceramente,
-Maurício
Sobre os conteúdos do site Filosofia Perene: entre a ciência, filosofia, arte, mito e religião.
Na história humana, duas grandes tradições de conhecimento coexistem: a exotérica — religião, ciência e história oficiais — e a esotérica — ciência visionária e espiritualidade, que moldaram discretamente a consciência ao longo do tempo. Ambas se encontram no conceito de Filosofia Perene, a ideia de que tudos compartilha uma única origem metafísica.
A verdade, porém, não cabe em palavras: só pode ser vivida interiormente.
Ao tentar nomeá-la, as culturas geraram divisões, dogmas e conflitos. Ainda assim, essa verdade permanece inscrita na vida e na natureza — nas flores, nos astros, no DNA, nas montanhas, na música. A corrente esotérica de conhecimento busca esse significado interior, chamado Gnose: a intuição de um mistério inefável por trás de todo ser.
Essa busca aparece em muitas tradições — do cristianismo místico ao budismo, hinduísmo, taoísmo, sufismo, cabala, hermetismo, tradições indígenas e xamânicas, teosofia e diversas formas de arte. O esotérico não é segredo externo, mas um saber interior que cada buscador descobre em si mesmo.

Aqui, em Aethyrlil, reunimos essa sabedoria em linguagem comum, comparando tradições e mostrando suas convergências. Como Gyorgy Doczi descreveu:
"...trata-se de uma aventura interdisciplinar, entre ciência, filosofia, arte e religião."
Dessa corrente emergem dois pilares fundamentais: Consciência e Geometria. A Consciência é entendida como a base da realidade. Não é produto da matéria: é ela que cria e estrutura a experiência. Essa visão — presente em filósofos, místicos e até em físicos teóricos — sugere que tudo no universo é uma projeção da consciência. Suas implicações abrangem ciência, psicologia, sociedade, espiritualidade e a vida humana em todas as fases.
A Geometria revela a ordem dessa consciência. Padrões universais — como os cinco sólidos platônicos e a esfera — manifestam-se em todas as escalas, do átomo às galáxias. Por isso, a geometria é chamada por Sócrates de caminho para a verdade filosófica.
O propósito aqui não é criar doutrinas, mas investigar e traduzir simbolismos antigos em uma linguagem que converse com a mente moderna. O conteúdo integra dados científicos e visões espirituais, convidando à reflexão pessoal.
Assim, Aethyrlil é um espaço de aprendizado e contemplação. Um convite para olhar para dentro, buscar a essência da verdade, compreender a si mesmo e, por consequência, o universo.
Sejam bem-vindos!
MBrasilli












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