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Teoria Quântica III - O Salto Quântico

Salto quântico é a definição do comportamento de um sistema quântico que se processa como uma sucessão de eventos descontínuos. Segundo Niels Bohr, físico dinamarquês, o elétron salta de uma órbita para outra de maneira descontínua e nunca passa pelo espaço intermediário entre as órbitas, isto é, ele desaparece de uma órbita e reaparece em outra. A este fenômeno deu-se o nome de Salto Quântico.


Quimicamente falando, a explicação é bem simples: um elétron que esteja girando em uma determinada órbita pode receber uma determinada quantidade de energia (quantum) e mudar de órbita, indo para uma mais distante do núcleo (imagine a Terra saindo de sua órbita e indo para a órbita de Marte). Bem assim, este mesmo elétron pode perder esta mesma quantidade de energia (quantum) e mudar sua rota para uma órbita mais próxima do núcleo (imagine a Terra indo assumir a órbita de Vênus).

O momento em que o elétron dá o salto e para onde ele vai é imprevisível, pois a probabilidade e a incerteza governam o salto quântico.

E é assim que nós funcionamos como consciências, como observadores.

O cérebro humano de forma semelhante processa de forma quântica as possibilidades em vez de trabalhar diretamente, de forma linear.

Podemos dizer que a criatividade é um salto quântico, nossos pensamentos apresentam descontinuidade assim como os elétrons se comportam.

No processo criativo, a consciência dá saltos que a lança pra fora do seu contexto de condicionamentos pelas experiências passadas, e usufruindo de seu libre arbítrio ela fica aberta para novas criações (insights).

E é assim que a ciência caminha, dando saltos a novas descobertas.

Mas, isso não acontece só na ciência. Há evidências de saltos quânticos descontínuos nas artes, na música, na literatura, na matemática e em muitas áreas de conhecimento.

Podemos constatar esses saltos quânticos descontínuos de criatividade em nossas experiências de infância, nos nossos primeiros aprendizados.

Bateson (1980) encontrou evidências bastante objetivas de saltos quânticos descontínuos no modo como os golfinhos são treinados para aprender truques novos.

O médico Deepack Chopra (1990) viu nos saltos quânticos a explicação para fenômenos de cura espontânea, que ele chamou de cura quântica.

Enfim, entender o salto quântico pode ser a chave dourada para o entendimento do próprio Universo.

Se pararmos para pensar em nossas próprias vidas, perceberemos que insistimos em viver girando em torno de um mesmo ponto. Ficamos presos nas mesmas condições, nos mesmos pensamentos, problemas, crenças, descrenças, preocupações, dificuldades e, pior, nas mesmas ideias e vícios.

Criamos o nosso próprio “caminho de rato” e não conseguimos “sair da caixa”. Parece que os esforços que julgamos fazer por uma vida melhor não são recompensados…

Mas talvez, algo mais pode ser aprendido com a sabedoria do elétron. Afinal, para sair da Zona de Conforto (que apesar do nome, em geral é bem “desconfortável”), pode ser necessário darmos um “salto quântico”, pulando para uma realidade melhor.

Assim como o elétron precisa receber energia para dar seu salto, nós também precisamos recebê-la para dar o nosso. O que às vezes não nos damos conta, é que todos os dias recebemos boas energias, ideias, convites, acasos, diferentes pensamentos de amigos, familiares e desconhecidos, oportunidades estas que, se aceitas pelo nosso ego (que insiste em ficar olhando apenas para o núcleo ao redor do qual gira), nos ajudariam a expandir a nossa consciência, enxergar novos horizontes e mudar nosso padrões mentais, dando-nos força e embasamento para afinal construirmos nossos sonhos e desejos.  É preciso entender que somente a aceitação de novas fontes de luz é que nos ajudarão a nos afastar do núcleo que hoje nos absorve e mudar a nossa realidade.


"Falando em termos gerais, o germe de uma futura composição surge de repente e inesperadamente... Lança raízes com uma força e rapidez extraordinária, irrompe da terra, projeta galhos e folhas e, finalmente, floresce. Não posso definir o processo criativo de qualquer outra maneira, exceto por esta símile”... Tchaikovsky.


Continua no próximo artigo: Teoria Quântica IV

Por: SERRAIZ TERAPIAS | Marialice Oliveira | Terapeuta Holística

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